segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sobre Viagens No Tempo




Nessas sessões da tarde da vida, cine sucessos e o caralho a 4, todo mundo já viu aqueles filmes estilo 'um garoto na corte do rei Arthur' and so on né... bom, tirando a implausibilidade do negócio me imagino na pele dos protagonistas desses filmes.
Pense, sempre eles tem um isqueiro, um discman/walkman/iPod, laptop, mapa astral pra falar sobre algum eclipse ou no mínimo uma sorte do caralho em prever algo que impressiona os nativos, certo?

Pequeno aparte, sabe porquê em 9 de 10 filmes de viagem no tempo os caras vão pro passado? Acredito eu, na minha incrível empáfia (vã ignorância) que ou é por falta de criatividade do idiota do roteirista (muito mais fácil colocar os caras no calabouço do barão de Santo Antônio ou no meio dos dinossauros ou com o João Homem das Cavernas do que imaginar um futuro pós-apocalíptico onde a China dominou o Universo conhecido) ou por falta de dinheiro de colocar efeitos especiais nas armas laser, só pode ser isso haha.

Mas voltando à vaca fria (aliás, que negócio é esse de vaca fria!? A expressão rolando solta e ninguém pensou na pobre da vaquinha, né!? triste) nesses filmes B/C/D todo cara que volta no tempo sempre tem alguma coisa que ele usa no momento que vai ser capturado/assassinado e daí ele vira o feiticeiro/xamã/eminência parda da região e isso serve pra ele ganhar tempo arranjar uma maneira de voltar ao seu tempo e etc.

Agora cheguei ao ponto que eu queria: eu NUNCA poderia ser o protagonista dum filme desses (tirando o fato que eu não sou ator, mas still), porque pra começar estaria sem qualquer instrumento eletrônico em minhas posses (o celular estaria provavelmente esquecido atrás de algum sofá ou em alguma mesa de bar, como já aconteceu n vezes e o meu iPod tá mais louco que o Rafael do Polegar). Bom, ok, agora imagine eu, cercado por cavaleiros medievais ensandecidos (podem ser homens das cavernas, índios ou whatever, é ao gosto do freguês/leitor) vendo um loirinho de olhos claros, calça jeans surrada e alguma camiseta com algum desenho imbecil, os trogloditas iam achar que eu era um normando, com toda a certeza. Claro que ao ver um inimigo em tão estranhas vestes eles antes iriam me inquirir (grunhir) antes de me trespassarem com uma lança, indubitavelmente tetânica. Esse seria aquele momento cliffhanger onde eu puxaria um canivete do bolso, ou daria uma de mc gyver com um bubbaloo, um palito de dente e uma lente de contato fazendo (CLARO!) uma granada de fumaça e os tais veriam na minha humilde pessoa a reencarnação de Merlin.

Here's the thing, sou um cara urbano, não sei armar uma barraca (sentido literal, gente), não sei fazer fogo com dois tecos de madeira, mal sei trocar uma porra duma lâmpada, já tentei fazer pequenos ajustes domésticos porém na maioria das vezes só consigo a famosa GAMBIARRA, em suma, não manjo nada... pra piorar, não faço engenharia nem muito menos medicina ou qualquer outra coisa que pudesse me ajudar numa época que nao a minha (eu seria um anônimo em LOST com toda certeza). Pensa,o que um um advogadozinho de merda ajudaria na Távola Redonda? Aconselhando o Artur a fazer acordo com o Mordred? Ou senão, relaxa Ramsés, o caso desses assírios é muito fraco, o juiz vai até julgar antecipadamente. HA HA HA resumo da ópera, mesmo se eu enrolasse os cavaleiros andantes com as já famosas (graças a esse ilustre blog) lanças tetânicas, não duraria o suficiente pra virar um filme B/C/D...

Sad, né não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Sarraceno e pernóstico.