domingo, 17 de fevereiro de 2008

Da insanidade de torcer para futebol

Porque eu gosto de futebol?
É difícil responder, só me irrito, juízes ruins, esporte onde na grande maioria das vezes o melhor não vence, que é tão sujo quanto a política e et caterva.

Mas o que mais enche é a imprensa esportiva.
Puta que o pariu.
A babação de ovo na transmissão hoje de Marília e São Paulo foi de vomitar. Só eu acho estranho Oscar Roberto Godói, comentarista de arbitragem e ESTAGIÁRIO NO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE, comentar o jogo do SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE?
Ah, acho que só eu mesmo. Não parece haver nenhum conflito de interesses. Quer dizer, porque diabos ele puxaria a sardinha para o lado são-paulino, nem é um EMPREEEEGO, é só um estágio.

Caralho, é muita safadeza.

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Essa semana não acompanhei muito futebol e só fiquei sabendo hoje dum incidente envolvendo a rádio Jovem Pan e o Palmeiras/Valdivia.

Resumo da ópera, finalzinho do jogo Guarani x Palmeiras, Valdivia recebe a bola, faz 3 embaixadinhas e tenta driblar um adversário, sofrendo a falta.
Logo após o lance, o locutor do jogo afirma: "Não quero incitar à violência, mas se eu fosse atleta do Guarani dava uma porrada no Valdívia”.
Putz, ainda bem que você não queria incitar a violência, BABACA.
Sério, não ouço mais essa rádio, masoquismo já é demais.

Para um detalhamento melhor:
http://blog.sopalmeiras.com/2008/02/12/jovem-pan-to-fora-sou-palmeiras/
http://blog.sopalmeiras.com/2008/02/14/jovem-pan-a-batalha-continua/

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Então, faz um tempo já que eu fico com essa história de direitos federativos na cabeça. Time X comprou os direitos federativos do jogador Y e assim por diante. Pensava eu com meus botões: mas se não tem mais o 'Passe' como que tão comprando e vendendo alguém.
Não satisfeito com o jornalismo preguiçoso, fui caçar a resposta. Li a Lei Pelé, achei alguns artigos sobre e descobri uma coisa (acho que eu já sabia o tempo todo): jornalismo esportivo é o último refúgio dos incompetentes.
Porque falo isso? isso explica melhor que eu 'http://conjur.estadao.com.br/static/text/23825,1'.
Para os preguiçosos, resenharei. Antigamente (antes da Lei Pelé) para um jogador se transferir de clube, não bastava seu contrato acabar e ele fechar contrato com outro clube. Não não, seu clube tinha uma espécie de domínio sobre ele, o passe, e sua transferência só poderia acontecer com a anuência de seu clube, geralmente este anuía se recebesse uma importância em dinheiro. Agora, o que acontece é que o futebolista funciona como um trabalhador comum, única diferença é que seu contrato de trabalho tem um termo final, não é contínuo.

Ou seja, agora, ao final do contrato ele assina com quem quiser, sem pedir permissão a ninguém. O que se anda chamando de direitos federativos nada mais é que o valor pago pela rescisão de contrato.

Não estou aqui sugerindo que todos os jornalistas façam curso de Direito, como o tontão aqui faz. Longe disso. SÓ QUERO QUE OS CARAS PESQUISEM ANTES DE FALAR MERDA!
Olha, sabem como eu acho que essa bobeira toda começou? Algum desavisado jornalista, órfão do PASSE, perdido sobre como escrever sobre transferências de jogadores, CUNHOU esse termo verdadeiramente bisonho. Algum outro mais desavisado ainda, achando que o companheiro entendia alguma coisa daquilo, o copiou... e a bola de neve não parou de crescer desde então.

É.

Decepcionante.

E assim caminha a mediocridade.

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