sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sobrou Pra Mim

Putz, sobrou pra mim. Foi o que ele pensou. Estava com aquela sensação chata de quem nada de errado havia feito porém sentia que indubitavelmente seria apontado como o errado ou algo similar. Meio que quando todos na sala de aula estão a conversar mas você pressente que na hora da bronca, o escolhido pelo professor será você. Ou quando o time inteiro não joga nada só que você escolheu bem aquele jogo pra furar a bola que interceptaria o contra-ataque mortal.
Mas o que levava nosso protagonista a ficar assim? Vejamos, com as palavras do próprio.

É, legal isso, pensei que só eu sabia desse negócio e agora tá todo mundo sabendo. O pior é que ELA vai achar que fui eu, afinal teoricamente só eu estava presente... mas será mesmo? Talvez alguém tenha visto, ou ela tenha contado pra mais alguém...
O fato é que ela deve estar me culpando mesmo, afinal me trata como lixo depois que a informação correu, independentemente dela ter contado a outra pessoa, quem ficou marcado como falastrão fui eu.

Pensa, pensa. Que farei? Posso tentar malandramente desmentir aos poucos... não, muito óbvio, além de ser praticamente ratificar o ato desmenti-lo. Posso assumir a culpa, alegando que contei pra alguém em sigilo e esse outro alguém que soltou a informação. Boa, agora eu ia arrastar mais um para o buraco, seria muito legal da minha parte. Ou poderia assumir a culpa, mesmo sem ter feito nada. Opa, essa parece até agora a mais razoável em termos conseqüenciais, mesmo sendo a mais ridícula em termos de verdade. Posso negar até a morte veementemente com a espada da verdade ao meu lado. Há, seria estúpido isso mesmo sendo o mais certo.

Ou posso não fazer nada. É, parece razoável. Mesmo que minha vontade irrefreável de mostrar a pra todo mundo que não sou eu o filho-da-mãe. Aliás, que mania idiota essa de querer se justificar, né? Ninguém paga minhas contas, que aliás não estão nem um pouco baratas, maldito carnaval.

Pronto, é isso mesmo, não farei nada.

Mas pensando bem...

3 comentários:

Anônimo disse...

Absolutamente Rafael Borelli!
Que bom que voltou!!!!
Senti (sinto) sua falta!

Anônimo disse...

Um "q" de "qaraio" como "enqaixa"...
Não sei se gosto pelo texto ou por gostar simplesmente, mas gosto!

Ruth Barros disse...

Já viu aquela bordão, quem nao deve nao teme? entao!
E sempre que vc estiver atualizando vo voltar nem que seja pra deixar um Bom dia! :D

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